terça-feira, 20 de março de 2012

De tanto quis crescer,
Agora quero estagnar. Aproveitar aquilo,
Que não foi aproveitado.
Que na realidade não existiu.
Nem pra mim, nem para os próximos.

Em compensação, hoje vem de monte.
Hoje é definido, mas corre o risco de esvair.
Não por motivo fixo, não por atitude própria,
Por simples ciclo da vida,
De faxada compulsória.

Compulsória, não.
Parar de desejar o que poderia ser
e começar a lutar pelo que pode ser.

Existe possibilidade de manter. Com devidas variações.
Metalinguagem.
Refletir sobre o refletido.
Pensar sobre o que se pensa.
Explicar o q se explica.
Pra que então? Redundância?
Não.
Profundidade.
Ciúmes, o sentimento mais horrível.
Nada evita, nada aprimora.
Apenas exalta o que existe,
e o ausente.

De nada adianta,
De nada justifica.
Nada demonstra, apenas impede.
Impedir é a questão.

Impede a boa convivência.
Não sinto a evolução interna como ser
E se o externo desfalecer
Não sei se conseguirei..

Conseguirei..
Não conseguirei.
Manter..

Inevitável mudança,
interno é a base.
Não sei se conseguirei...

Não deixe que desfaleça.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

no regrets, just situations.

eu hoje parei pra pensar sobre a somatória total. será, que é o saldo positivo e negativo que conta? (falando sobre a vida) Ou será, que o importante é se avaliar os momentos separadamente? simples assim, se foi negativo foi, se foi positivo melhor. Mas observar cada momento individualmente e isoladamente.
e a grande questão é..no final de cada momento, este em si não será importante, pois a situação será outra e o ponto de observação tbm. Portanto o que realmente conta é o aprendizado q se tira de cada situação, pois este te acompanha sempre. e não o resultado em si.
interessante né..muitos pensam exatamente o oposto. Mas pare e reflita. se no exato momento da sua morte vc estiver triste, pra vc, na sua mente, no último segundo. vc se verá como triste. não importando todas as felicidades e o quão positvo foi o resto da sua vida. aquele momento é o q contará como sua última percepção, ou seja, a que fica. e o mesmo conta pro oposto. se no último momento vc estiver feliz, na sua percepção final vc será feliz, não importando todo o resto.
Portanto, sim, o que conta são os momentos individuais. e o bom disso é, não há necessidade para arrependimentos.A situação muda, conta apenas separadamente, mas o aprendizado que veio fica. no regrets, just situations.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Abriremos espaço.

O mundo gira tão repentinamente que estamos sempre indo atrás de coisas novas, numa constante busca, procura por algo a mais a conquistar. Essa ambição pode ser responsável por fazer nossas vidas irem para frente, mas ao continuar andando e andando não temos o tempo nem a capacidade de simplesmente parar, observar e aproveitar o que já foi conquistado. O problema é que estamos tão acostumados com esse constante movimento que quando realmente se para, se aproveita, a sensação de algo estável nos incomoda, como se estivéssemos desperdiçando possibilidades.
Aproveitar o que já foi adquirido está cada vez mais complicado, cada vez mais trabalhoso, pois cada vez mais somos cobrados de mais coisas, de mais evoluções, de mais e mais e mais. O mundo continua girando por si só, não somos nós que o movimentamos, ele gira sozinho e somos obrigados a acompanhar o seu ritmo se não caímos sobre a grande possibilidade de sermos pisoteados pelos que vem após. No fundo, continuamos andando porque não sabemos o que realmente queremos, é difícil aceitar que temos tudo o que desejamos, ou que realmente desejamos algo que possuímos. As pessoas seguem numa busca sem fim por não saber o que procuram, até onde querem chegar, então continuam sem rumo e cada vez mais rápido, cada vez mais a frente numa tentativa desesperada de chegar em algum lugar que as faça parar com gosto, um lugar estacionário onde a sensação de satisfação seja plena, mesmo que nem imaginem como pode ser esse lugar, onde ele fica nem se ele existe.
A falta de ideologia é a grande responsável, não temos a menor ideia do que fazer com nossas vidas, queremos apenas sobreviver e conquistar o máximo que conseguirmos. Não tem um rumo ao certo, um destino definido, nem sabemos se queremos ter, pois nunca tivemos um exemplo a seguir ou se quer a questionar. Mesmo nas épocas de revoluções existiam ideologias quanto a mudanças, quanto ao mundo ideia, mas nunca quanto a forma de se ver o mundo, de como agir no mundo, de como seguir com a vida. Tivemos revoluções e ideologias econômicas, sociais mas nunca individuais. Cada pessoa procura um propósito para si, procura um porquê, um como, um quando, um onde, mas ninguém consegue realmente afirmar, é para isso que estou aqui, é por aqui que vou caminhar e é lá que quero chegar. Uns dizem que estão aqui para aprender. Como viver aproveitando felicidades e tristezas como experiências, sem saber aonde utilizar essa experiência, vai aprender para quê? Aonde isso vai ser utilizado? Poderiam me dizer, estou aprendendo para saber viver, ao longo do meu caminho irei aprendendo, me utilizando dos meus conhecimentos e assim sigo. Só isso, aprendo para saber como agir, mas sabendo como agir não se aprende mais nada. Da mesma forma, mesmo que seja algo muito agradável, confortável, da mesma forma não se tem um destino definido, é seguir e aproveitar, sem realmente saber aonde está indo, mas se divertindo no caminho. Acho bom.
Talvez esse seja realmente o certo. Caminhar, seguir, mas com calma, observando o caminho, aproveitando o caminho mas nunca parar de andar. Sempre arriscando, procurando novos caminhos, mas sem o frenesi da busca, e sem o estado estacionário de parar, não querer mais nada,não buscar nada. Precisamos de equilíbrio em tudo, não porque foi uma determinação, seja equilibrado, mas porque é mais agradável, vantajoso, se aproveita ambos os lado, não ao contrário, como muitos defendem, que o equilíbrio é a indecisão, não se aproveita nem o bom nem o mal pois se está no meio, o equilíbrio é se aproveitar dos dois ao mesmo tempo, siga os dois, pois no fundo ninguém sabe o que é o bom, o mal, o rápido, o devagar. Ninguém sabe definir qual o caminho ideal, então siga os dois. Caminhe, mas com calma; busque, mas aproveite.

domingo, 27 de novembro de 2011

Esquecer ou achar.

O desânimo, ai o desânimo.
Não de algo ou alguém, mas de tudo e de todos.
Ou quase tudo e quase todos.
Ou de nada e ninguém?

A vontade de nada e de tudo.
A falta de vontade de qualquer coisa, mas também
De algo específico.

Dormir.
Durma que o sonho revela tudo e nada,
É qualquer coisa e coisa alguma,
São todos e ninguém.

Isso é um ponto. O desânimo chega quando o que se tem não satisfaz, não parece suficiente. Até a pessoa que possui tudo o que sempre quis, pode se desanimar, ao ver que o que possui, o que queria não é mais o que agrada. Muitas vezes não porque o gosto mudou, não porque mudamos nossos sonhos, mas porque descobrimos algo muito maior, algo tão bom, tão grande, que interfere em todos os outros prazeres. Pela sua ausência, tirando a graça de tudo, causando o desânimo, e pela sua presença transformando tudo em muito mais do que realmente é, tudo em muito mais agradável e perfeito. Após se descobrir algo dessa forma, ao perder, ao não ter, ao não saber conseguir, ao desistir de procurar, ao cansar de sonhar, o que se espera além do cansaço, do chega, do não querer mais nada? Mas, ao mesmo tempo, não se desiste das coisas que se tem, e continua-se tentando aproveitar, procura-se mais coisas, viver mais, fazer mais, numa tentativa de recobrar a graça de tudo e de todos. Mistura assim ambos os sentimentos, a vontade de tudo e de nada. Chega-se num impasse, e agora, o que realmente fazer, sentir, querer? Esse impasse atormenta, interfere, mas não impede. Apenas, desvaloriza. A única solução, é esquecer do grandioso ou achá-lo.